O corpo veste a carne reprimida
Me fale do seu dia
Conteme novas mentiras
É bem mais fácil, mais cômodo
Todos pensam o mesmo
Fazem o mesmo
Repetem erros
não conte com tanta certeza sobre aquilo que não faz parte do seu dia
Isso não é verdadeiro
Não faz parte do que se é
No aguardo do valor
não há e nem nunca haverá nenhuma verdade absoluta.
Seja ou não seja astuta
É o que escolhe acreditar
óbvio, não tem nada de diferente
Nem especial
O respeito e administração será guardado pra quem faz e acredita
no que a maioria não entende
Mas essa imagem aparente é só uma fachada íngreme
Interno uma fera a espera do nada
Nunca tome dores não tomadas
Artista não rouba
Artista se apropria
Melhor investir em poesia
Pois vou morrer um dia
Realista libertária. Uma outra alternativa do que dizem por ai. Críticas construtivas ou não, aqui não cabe pretensão. Cabe ouvir e montar discussão. Mídia alternativa, chega mais. Chega menos. Importante é que cheguemos...
sexta-feira, 10 de abril de 2015
quarta-feira, 8 de abril de 2015
Do lado errado da calçada
Em uma daquelas pedras jogadas aleatoriamente, sem qualquer significado aparente
estava o regresso que jamais regressaria, o olhar que não seria mais visto. Escuro. Sozinho sempre estava, e muitas vezes havia a companhia do frio. Ainda riam as vezes e em outras tinham sonhos e até brincavam.
Atrás do sumido brilho que foi preenchido por um olhar vazio e fosco, ouvia relatos que jamais imaginaria existir em alguém com tão pouco tempo de vida...
no papel esquecido, dentro de um livro que por algum motivo o havia deixado descansar,
encontrei o que eu tinha que soltar... lembrei do alivio e logo tive certeza que aquele desabafo contado somente pro papel realmente tinha me tirado um pouco da dor, de vê viver e morrer esquecido alguém invisível.
Em uma daquelas pedras jogadas aleatoriamente, sem qualquer significado aparente
estava o regresso que jamais regressaria, o olhar que não seria mais visto. Escuro. Sozinho sempre estava, e muitas vezes havia a companhia do frio. Ainda riam as vezes e em outras tinham sonhos e até brincavam.
Atrás do sumido brilho que foi preenchido por um olhar vazio e fosco, ouvia relatos que jamais imaginaria existir em alguém com tão pouco tempo de vida...
no papel esquecido, dentro de um livro que por algum motivo o havia deixado descansar,
encontrei o que eu tinha que soltar... lembrei do alivio e logo tive certeza que aquele desabafo contado somente pro papel realmente tinha me tirado um pouco da dor, de vê viver e morrer esquecido alguém invisível.
terça-feira, 7 de abril de 2015
A menor distância entre dois pontos não é uma reta
Ih entrei em uma propaganda de novo, e não em um vagão de trem ou metro como eu pensei. Me deparei novamente com aquele excesso de vida compactada, me veio a pergunta que me acerta como uma pancada duas ou três vezes ao dia bem no lombo da alma, eu já sabia a resposta, todos sabem, mas a gente ignora, pra continuar seguindo o dia, seguindo a vida... Ai vou mas longe do que pretendia, a gente sempre vai, e nunca para quando deveria parar. Voltando ao interno desconforto se pela noite mal dormida, pela ausência de tato, o excesso pornográfico da noite anterior, a paciência, a afetividade, os dois livros infantis lidos, o frio que viria a passar alguns momentos ao dia, a não seleção de algo que aguardava, o teste por vir, o esforço, o estudo, o relaxo, parecia que nada era o suficiente, isso tudo se misturava em uma acidez estomacal que mesmo suportável, fazia sentir-me insuportável. De alguma parecia gostar disso, quase como um masoquismo interno, me fazia ver tudo de outra forma, de olhar às pessoas ao redor, perceber como elas se sentiam ou ao menos presumir. Em meio a tantas outras alguém aleatoriamente às olhava, era quase como se sentir um deus, tão próximo como às pessoas achavam e tão distante e enexistente como realmente era. Ali antes de descer da propaganda mirei a última pessoa, uma bonita moça que se debrulhava em lágrimas e quando me olhou de volta eu vi a triste de maquiagem escorrida e borrada, eu já tinha passado por isso pelo ao menos meia dúzia de vezes, e sabia o que sigfivava, era pra não engasgar e se sufocar, antes isso do que a síndrome de pânico que outrora desenvolvi, sem nem ao menos saber o que era que estava fazendo meu coração disparar do nada como uma agulhada de adrenalina, parei atrás dela antes que a porta abri-se e até senti uma enorme vontade de lhe dar um abraço, assim de graça, sem mais nem menos... mas ai senti medo e pensei que pessoa louca sai abraçando os outros por ai? Sei lá, enfim, desci e segui em direção ao meu trabalho, pela mesma calçada de sempre e já me deparo com um vento descomunal e garoa, na famosa cidade cinza de pessoas cinzas, alguns trausentes, uma menina com um gato enrolado em um pano, um cachorro brincando enlouquecidamente com uma espuma, um carro de entulho sendo puxado por um homem com duas crianças às protegendo como podia do frio, depois de enxugar os olhos e me conformar com que venha a ser o dia...
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