Realista libertária. Uma outra alternativa do que dizem por ai. Críticas construtivas ou não, aqui não cabe pretensão. Cabe ouvir e montar discussão. Mídia alternativa, chega mais. Chega menos. Importante é que cheguemos...
terça-feira, 7 de abril de 2015
A menor distância entre dois pontos não é uma reta
Ih entrei em uma propaganda de novo, e não em um vagão de trem ou metro como eu pensei. Me deparei novamente com aquele excesso de vida compactada, me veio a pergunta que me acerta como uma pancada duas ou três vezes ao dia bem no lombo da alma, eu já sabia a resposta, todos sabem, mas a gente ignora, pra continuar seguindo o dia, seguindo a vida... Ai vou mas longe do que pretendia, a gente sempre vai, e nunca para quando deveria parar. Voltando ao interno desconforto se pela noite mal dormida, pela ausência de tato, o excesso pornográfico da noite anterior, a paciência, a afetividade, os dois livros infantis lidos, o frio que viria a passar alguns momentos ao dia, a não seleção de algo que aguardava, o teste por vir, o esforço, o estudo, o relaxo, parecia que nada era o suficiente, isso tudo se misturava em uma acidez estomacal que mesmo suportável, fazia sentir-me insuportável. De alguma parecia gostar disso, quase como um masoquismo interno, me fazia ver tudo de outra forma, de olhar às pessoas ao redor, perceber como elas se sentiam ou ao menos presumir. Em meio a tantas outras alguém aleatoriamente às olhava, era quase como se sentir um deus, tão próximo como às pessoas achavam e tão distante e enexistente como realmente era. Ali antes de descer da propaganda mirei a última pessoa, uma bonita moça que se debrulhava em lágrimas e quando me olhou de volta eu vi a triste de maquiagem escorrida e borrada, eu já tinha passado por isso pelo ao menos meia dúzia de vezes, e sabia o que sigfivava, era pra não engasgar e se sufocar, antes isso do que a síndrome de pânico que outrora desenvolvi, sem nem ao menos saber o que era que estava fazendo meu coração disparar do nada como uma agulhada de adrenalina, parei atrás dela antes que a porta abri-se e até senti uma enorme vontade de lhe dar um abraço, assim de graça, sem mais nem menos... mas ai senti medo e pensei que pessoa louca sai abraçando os outros por ai? Sei lá, enfim, desci e segui em direção ao meu trabalho, pela mesma calçada de sempre e já me deparo com um vento descomunal e garoa, na famosa cidade cinza de pessoas cinzas, alguns trausentes, uma menina com um gato enrolado em um pano, um cachorro brincando enlouquecidamente com uma espuma, um carro de entulho sendo puxado por um homem com duas crianças às protegendo como podia do frio, depois de enxugar os olhos e me conformar com que venha a ser o dia...
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